sábado, 27 de setembro de 2008

Cheguei!!





Demorou, mas cheguei! Foram 14 horas de voo de SP até Dubai e apesar do aviao ser super confortável e moderno - é muito tempo!! Assisti todos os filmes possíveis, ouvi todas as músicas e visitei todos os banheiros a bordo. Também tive sorte pois só havia 88 pessoas a bordo entao logo me joguei nas poltronas vazias próximas ao meu banco e dormi numa "quase"cama.
Quando finalmente cheguei em Dubai já era noite novamente, ou sejapassei muito tempo sem ver a luz do sol - o aeroporto é enorme, e apesar de ser quase meia noite, havia milhares de pessoas no free shop fazendo compras, parecia um formigueiro. Tive alguma dificuldade em localizar meu portao de embarque pois sao 3 andares de aeroporto, e aí levei o primeiro choque: centenas de pessoas dormiam pelo chao, sem sapatos, as vezes em cima das sacolas, parecia mais rodoviária! Tinha que caminhar no meio delas, e elas pareciam nao se importarem nem um pouco...aos poucos percebi que a maioria deles era......................INDIANO!!! Sim, o chao é uma extensao do corpo deles, eles se arrastam e dormem pelo chao com se fosse cama, sofá, etc...as vezes estendem panos para deitar, mas em geral, é com a roupa do corpo mesmo.
Aí comecou a segunda parte da viagem, aviao para Bangalore LOTADO- como depois vim a perceber assim também é o país aqui- a fila para embarcar é assim : idosos, homens, homens com famílias e por último, mas último mesmo, mulheres.
No aviao os aromas já eram diferentes: suor, temperos, sujeira...digamos asim: exótico!
Cheguei no horário, claro desembarquei novamente por último, e o Benhur até se ajoelhou quando me viu, de alívio (ou adoracao, talvez...)
O aeroporto daqui é limpo, fica a uns 30min do centro. Tínhamos motorista da empresa esperando, carrao e ar condicionado, e eu nao saberia dizer qual destas tres coisas sao mais valiosas aqui: o motorista porque aqui só dirige quem é louco, o carrao porque a maioria anda de motinho, ou rickshaw - carrinho de tres rodas, ou a pé, no meio dos dois. O ar-condicionado é essencial pois faz aqui nesta época de inverno em média 28 graus( no verao, janeiro, chega a 38 , segundo relatos dos nativos) além do que o barulho das buzinas que é asunto para outro capítulo : se usa buzina para passar, para parar, para virar a direita ou esquerda, dar a ré, ou só para cruzar uma esquina ou seja, se usa buzina o tempo todo!
Chegamos entao ao hotel, que é bem bom, limpinho e confortável, um oasis no deserto.
Aqui encerra o primeiro dia na India, pois o resto do dia foi só descansar, namorar, contar novidades, ver fotos e planejar nosso futuro por aqui.
A propósito: aquela minha desconfianca de que o Benhur estava pintando um quadro daqui pior do que realmente era se confirmou: minha primeira impressao daqui foi a seguinte: como em todos lugares, tem coisas boas e coisas ruins, a gente é que tem que conhecer nossos limites de tolerancia para tirar proveito disso. As pessoas sao um misto de pobres ignorantes com humildes e o pais é bem sujo - e isso é o principal problema na minha opiniao- lixo e poluicao . Em compensacao Bangalore é uma cidade super arborizada, as frutas sao maravilhosas, temos aqui todas que temos no sul do Brasil, a comida, eletronicos e a roupa é muito barata. Eu comeco a entender porque tantas pessoas acham aqui um pais especial - lembra o Brasil em vários aspectos, principalmente na questao das diferencas socias- há os novos ricos e os miseraveis, a cidade toda está em obras, novos prédios, metro sendo implantado, rodovias novinhas e ruas de chao batido ao lado.

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